Tuesday, November 3, 2009

Atenção Pais: KINDER = MUITO AÇÚCAR, GORDURA E CALORIAS!!

Estamos perante um caso flagrante de publicidade enganosa.

Pretendemos com este post esclarecer todos os adultos que fazem as compras lá de casa, todos os avós que dão de lanchar aos seus netos (naturalmente pedinchões e gulosos, como as autoras também foram), e todas as crianças e adolescentes consumidoras regulares dos produtos Kinder.
Do site http://www.ilovekinder.com/ depois de clicar em Bem Vindo somos saudados com 8 "ingredientes" necessários para os seus produtos: concordamos a 100% com o da "ILUSÃO"!

Sobre o Kinder Delice Cacao lê-se:

1 - "É um bolo nutritivo e de confiança, graças aos seus ingredientes (farinha, leite e ovo)"
Qual quê! Estamos indignadas com esta afirmação e sem qualquer confiança!
O 1º ingrediente, e que escandalosamente não está reflectido no quadro da informação nutricional sob a categoria dos hidratos de carbono, é ÁÇÚCAR! MUITO AÇÚCAR!
Sim, porque os ingredientes no rótulos das embalagens estão listados em ordem de quantidade (do mais para o menos), e se o leite é o 3º ingrediente e apenas contém 10%, imagina-se a quantidade dos primeiros dois... elevadas quantidades de açúcar e gordura.
A farinha está em 4º lugar, com 8.5%, e os ovos em 5º lugar (entre 5,1 - 8,4%). Achamos incrível que aleguem estes minoritários ingredientes como chave, tentando assim "puxar ao saudável"!

Leite, farinha e ovos - com todos os seus atributos e benefícios nutricionais, só serão dignos de elogio enquanto "leite", "farinha" e "ovos" a 100% (ou vá lá, a 50%, depende da mistura...). Ora, KINDER não é de todo maioritariamente leite, farinha e ovos; KINDER é MUITO AÇÚCAR, MUITA GORDURA e MUITA ILUSÃO! As suas irrisórias quantidades de leite, farinha e ovos anulam quase praticamente os benefícios nutricionais destes ingredientes!

A nossa posição é: KINDER/FERRERO: assumam todos os ingredientes, e não se tentem passar por algo que não são, e que pode prejudicar a saúde dos consumidores menos atentos.
O 2º ingrediente deste "bolo" são: gorduras vegetais. O resultado disto? Um produto com 28,4% de lípidos (gordura), o que não é DE TODO desejável ou saudável para um lanche/snack... Se não vejamos a ideia do fabricante:

2- "para saciar os pequenos apetites entre refeições com muito gosto e de forma nutritiva. É a melhor alternativa para acalmar o ´Ratinho´(...)"

A nossa posição é: KINDER é uma escolha medíocre para saciar o apetite entre refeições; é um produto que se encontra fora das orientações duma alimentação saudável; é em tudo semelhante a uma qualquer guloseima - hiper calórica, hiper gordurosa, hiper refinada, e hiper açucarada. Como tal, e ingira-se como uma qualquer outra guloseima: Raramente!! Se querem engordar as nossas crianças com snacks de medíocre qualidade, recomendar-se-iam muitos lanches com estes produtos e semelhantes.

As calorias deste produto (450 kcal /100g, 57% das quais provenientes de gordura) são quase tão elevadas quanto as dos M&M (492 kcal/100g, das quais "apenas" 38% provêm de gordura.)

Acrescentamos ainda que o Kinder Cereali é ainda PIOR nutricionalmente, com 553 kcal/100 g e quase com 34 g de gordura (ou seja, um snack 55% gordura!!), pois tem como 1º ingrediente chocolate, e como 2º açúcar! Com uns irrisórios 7.5% de cereais!

Por último, deixamos algumas sugestões e ideias para lanches saudáveis e práticos:
broa de milho com queijo
pão com manteiga de amendoím
banana
iogurte natural (coloque-se fruta fresca para adocicar, por exemplo pêra Rocha - um produto nacional)
aveia - flocos finos para adicionar ao iogurte
cenoura - roer
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Melhores cumprimentos das autoras,
MM e CV

Tuesday, October 13, 2009

Vegetarianismo e Ignorantismo! Artigo de Opinião na revista "Notícias de Sábado", do Jornal de Notícias

No dia 10 de Outubro saiu um artigo de opinião "Bem-vindos de volta às cavernas", que chocou alguns leitores que nos fizeram chegar o respectivo link:
http://www.centrovegetariano.org/images/noticias%20sabado-vegetarianismo.jpg

Uma resposta foi partilhada com os assinantes das "Dicas Saudáveis" - serviço informativo por email, gratuito, com subscrição no website www.madalenamunoz.com - que aqui é colocada por sugestão da Dra. Cláudia Viegas:

"Acho que este artigo é daqueles bem bons para IGNORAR, pois, entre outros, demonstra tanta ignorância que só me lembrei da frase de Jesus Cristo: "Pai, perdoa-lhes que eles não sabem o que fazem" (ou algo assim).

Ao contrário do autor, pelo menos neste artigo, aceitemos que existem pessoas diferentes, que fazem escolhas que nós não fariamos, lembremo-nos de ser tolerantes e respeitemos a filosofia de vida dos outros, e "perdoemos" este "opinador", que de vegetarianismo não entende nada mas estará convencido que sim, não esquecendo que as opiniões são como os narizes: cada um tem um!

Lamento que mais tinta tenha sido gasta a não se ser minimamente útil à sociedade e com mais light reading especulativazinha, que aliás destrói um conceito mais que cientificamente provado de ser benéfico em várias frentes: menor prevalência de certos tipos de cancro, diabetes, tensão arterial, obesidade, e morte associada, apenas para mencionar a vertente de saúde!! Mas os vegetarianos sabem disto e não será um artigo destes que mudará as suas escolhas.

Espero que o Centro Vegetariano não reaja fazendo guerrinhas com o autor, e que se limite a falar do tema em si - que vale sempre a pena de relembrar: a prática parcial ou total de vegetarianismo pode proporcionar múltiplas vantagens e é por isso boa ideia ser encorajada. Nada mais surpreenderá Opinadores-demolidores do que serem ignorados! Talvez assim decidam escrever utilidades construtivas - onde desde já encorajo a prática de ser dar os parabéns quando se gosta do que vê. Não coloco aqui o endereço do autor também porque alguém que escreve o que ele escreveu nunca irá entender o que eu aqui escrevi.

É a minha opinião! E como tal, deitem fora o que não prestar e guardem o que vos fizer sentido.

Melhores cumprimentos,
Madalena Muñoz"

Junto o resumo da posição institucional da American Dietetic Association, associação de que sou (MM) membro, de Julho 2009 sobre Vegetarianismo:

It is the position of the American Dietetic Association that appropriately planned vegetarian diets, including total vegetarian or vegan diets, are healthful, nutritionally adequate, and may provide health benefits in the prevention and treatment of certain diseases. Well-planned vegetarian diets are appropriate for individuals during all stages of the life cycle, including pregnancy, lactation, infancy, childhood, and adolescence, and for athletes. A vegetarian diet is defined as one that does not include meat (including fowl) or seafood, or products containing those foods. This article reviews the current data related to key nutrients for vegetarians including protein, n-3 fatty acids, iron, zinc, iodine, calcium, and vitamins D and B-12. A vegetarian diet can meet current recommendations for all of these nutrients. In some cases, supplements or fortified foods can provide useful amounts of important nutrients. An evidence-based review showed that vegetarian diets can be nutritionally adequate in pregnancy and result in positive maternal and infant health outcomes. The results of an evidence-based review showed that a vegetarian diet is associated with a lower risk of death from ischemic heart disease. Vegetarians also appear to have lower low-density lipoprotein cholesterol levels, lower blood pressure, and lower rates of hypertension and type 2 diabetes than nonvegetarians. Furthermore, vegetarians tend to have a lower body mass index and lower overall cancer rates. Features of a vegetarian diet that may reduce risk of chronic disease include lower intakes of saturated fat and cholesterol and higher intakes of fruits, vegetables, whole grains, nuts, soy products, fiber, and phytochemicals. The variability of dietary practices among vegetarians makes individual assessment of dietary adequacy essential. In addition to assessing dietary adequacy, food and nutrition professionals can also play key roles in educating vegetarians about sources of specific nutrients, food purchase and preparation, and dietary modifications to meet their needs.

Fonte: http://www.eatright.org/cps/rde/xchg/ada/hs.xsl/advocacy_933_ENU_HTML.htm, acedido a 13 de Outubro 2009.

Thursday, October 1, 2009

Acrescento ao post da TIME

Ao post polémico da revista TIME, acrescentámos outra polémica reacção, à revista VISÃO, sobre o mesmo artigo!! Só visto.

Cumprimentos das autoras,
CV e MM.

Wednesday, August 26, 2009

Iogurtes e Índice Glicémico


O Índíce Glicémico (IG) é uma classificação atribuída aos alimentos que possuem hidratos de carbono, de acordo com a quantidade de açúcar que estes libertam no sangue e o consequente nível de glicémia.


Os alimentos com elevado IG, são absorvidos rapidamente, libertanto uma grande [e rápida] quantidade de açúcar na corrente sanguínea, provocando uma libertação equivalente de insulina. Este processo vai favorecer a rápida incorporação do açúcar nas células e favorecer a lipogénese (produção de gordura). Ao mesmo tempo, ocorre um diminuição rápida do açúcar em circulação no sangue, o que vai induzir a sensação de fome. Por restabelecerem os níveis de açúcar rapidamente podem ser úteis pontualmente para atletas em competição ou pessoas com hipoglicémia, mas para a maioria das pessoas é contra indicado numa base regular.


Os alimentos que possuem naturalmente um baixo IG são os que nos fornecem glicose (energia sob a forma de açúcar) de modo gradual, como é desejável que aconteça. Exemplos: as leguminosas (grão, feijão, lentilhas), as frutas e legumes, a aveia, as massas integrais e os produtos lácteos tal como os iogurtes (naturais ou doces, sem adição de açúcar).


Por este motivo, é surpreendente que marcas como a MIMOSA, publicitem alguns dos seus tipos de iogurte como tendo um baixo IG, uma vez que qualquer iogurte (sem adição de açúcar ou produtos açúcarados) disponível no mercado, tem baixo IG.


Estes iogurtes que são publicitados (ver imagem) estão disponíveis nas versões sólidos e líquidos. Se observarmos a lista de ingredientes dos mesmos, verificamos que, nada na lista de ingredientes sugere a inclusão de algum produto que faça baixar ainda mais o IG, com excepção de algumas variedades de sabor (ex: magro pedaços + cereais) que possuem uma pequena percentagem de inulina.


No fundo o que estas marcas estão a fazer é dizer uma verdade - que os seus iogurtes possuem baixo IG, mas este facto, como vimos, é verdade para qualquer outro iogurte (sem adição de açúcar ou produtos açúcarados). Contudo, aproveitam-se da ignorância dos consumidores sobre este facto fazendo-se passar como melhores que as outras, o que achamos ser moralmente questionável porque neste aspecto não são melhores, são iguais.


Contactámos a linha do consumidor da MIMOSA, questionando sobre alguma particularidade que estes iogurtes possuam para que tenham baixo IG. A resposta obtida foi o facto de não terem açúcar adicionado nem outros produtos com açúcar (ex: preparados de fruta), confirmando assim, que em nada diferem de outros iogurtes com as mesmas características. A diferença reside no facto da empresa ter solicitado a uma entidade independente que testasse e comprovasse o IG, no sentido de obter a certificação. Ainda assim, deixámos o nosso contacto para obter esclarecimentos adicionais, que entretanto aguardamos.


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Acrescento posterior - Esmiuçando a resposta da Mimosa.sobre o IG, o controlo de peso e a adequação para diabéticos:


Esta marca de iogurtes além da alegação de baixo IG para este tipo de iogurtes magros (que em cima explicamos a nossa posição) também diz-se ser vantajosa para a manutenção do peso ("contribuem para a manutenção do peso") e "adequado para diabéticos" (alegam: "1os iogurtes certificados para diabéticos").


Mimosa 1 - "Um iogurte magro, definido legalmente, é um iogurte com teor máximo de matéria gorda de 0,3%. Se olharmos para o mercado verificamos que existem vários iogurtes magros com diferentes percentagens de açúcar e gordura e com composições e ingredientes distintos: existem iogurtes magros líquidos, de colher, com adição de açúcar, com aromas, com bolachas, com frutas, com cereais, etc., numa variedade extensa que, apesar de magros, podem não ter baixo índice glicémico."


Comentário 1 - Nós aqui desafiaríamos a Mimosa, pois os dados da mais acreditada fonte de valores de IG, http://www.glycemicindex.com/, indicam que praticamente todos os produtos lácteos contêm baixo IG; além do mais, os ingredientes mencionados também têm baixo ou intermédio IG. Por exemplo: a sacarose (o comum "açúcar"), contém um IG intermédio, a maioria das frutas contêm IG baixos ou intermédios, e bolachas e alguns cereais podem conter IG elevados mas as quantidades adicionadas aos iogurtes é pequena, o que dilui o seu efeito glicemiante no final. Portanto, o impacto real destes ingredientes adicionados será nas calorias totais do produto final. Ou seja, continua a ser, a nosso ver, uma "falsa questão" no que toca ao IG.


Mimosa 2: "Porque a Mimosa considera relevante apresentar uma solução saudável para os consumidores em geral que também é uma solução nutricional para os consumidores diabéticos, resolveu reformular toda a sua gama de iogurtes magros de modo a garantir um baixo IG."


Comentário 2a - Que reformulação? Não vemos nenhum ingrediente nem processo de fabrico que espelhe alguma reformulação; se perguntámos e não nos contaram é porque não existe nada de especial nestes iogurtes. A nossa pergunta a esta resposta foi: "Qual é a diferença entre um iogurte magro “normal” e os iogurtes que a Mimosa declara com baixo IG?"


Comentário 2b - As pessoas com diabetes não precisam de alimentos especiais, reformulados especificamente, nem certificados para diabéticos. As pessoas com diabetes precisam de se alimentar BEM, tal como é aconselhado para toda a população, seguindo as recomendações, por exemplo, da nova Roda dos Alimentos. Ou seja, dado tudo que temos vindo a escrever, é uma "falsa questão" esta alegação de ser adequado para diabéticos. Podiam também dizer "adequado para adolescentes" que iria dar ao mesmo. Claro que é aconselhado para estas populações: todos os iogurtes o são.


Mimosa 3: "Por todas estas razões, a Mimosa tem legitimidade para comunicar que todas as 13 variedades magras respeitam 3 requisitos – são iogurtes magros, sem açúcares adicionados e com baixo índice glicémico – oferecendo segurança para quem consome e para quem recomenda."


Comentário 3) À luz de tudo o que temos vindo a dizer, apenas resumimos que consideramos estas 3 "falsas questões" e que quer diabéticos que queiram regular os níveis de açúcar do sangue, quer pessoas com excesso de peso que queiram regular os níveis de açúcar, emagrecer/controlar/manter o peso através de alimentos que ajudem a prolongar a saciedade... basta comerem iogurtes naturais simples (ou outros até, e nem têm de ser magros, aliás por vezes é melhor que não o sejam) para atingirem os seus objectivos de uma alimentação saudável.



Ou seja, não são precisas marcas com alegações extra para os efeitos mencionados. Há mais de 2 mil anos que o iogurte existe (claro que de fabrico grosseiro) e já com reconhecidas vantagens para a saúde, como nos comunica esta marca exactamente: "Ao longo da história surgem várias referências ao iogurte, a primeira das quais datada do século II A.C., quando já lhe são atribuídas vantagens para a saúde do homem." (fonte: Centro de Nutrição e Alimentação Mimosa).

(Nota: os bolds Mimosa foram colocados por nós)

Cumprimentos das autoras,

CV e MM

Friday, August 21, 2009

Mitos do Exercício - Artigo Enganador da revista TIME (e posterior acrescento sobre polémico artigo da VISÃO)






Para quem teve a oportunidade de ler este artigo, leia aqui uma reacção que desde já congratulamos e assinamos por baixo.



Eu (MM) fiquei estupefacta ao ler este artigo, fez-me lembrar o episódio com a revista Sábado: dei-lhes informação que seleccionada e propositadamente excluiram, para fazer o seu ponto.



Vai contra o conhecimento fundamentado de que sim o exercício físico faz parte integrante dum regime de emagrecimento e é uma essencial peça no controlo de peso e não, não é verdade que aumente o apetite ao ponto de perdermos o controlo e não valer a pena e esforço, até antes pelo contrário: a prática regular de exercício físico ajuda a guiar-nos sobre as quantidades e os alimentos mais adequados para nós.
Carta ao editor do professor Claude Bouchard,
Executive Director,
Pennington Biomedical Research Center,
Baton Rouge, LA


Vale a pena ler.

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Acrescento ao post, sobre a revista VISÃO:


Carta aberta ao Director da Revista VISÃO, em resposta ao artigo de capa da edição de 10 de Setembro, “Afinal, o Exercício Não Emagrece”.

(nota: este email pode ser circulado livremente)


“A actividade física faz bem à saúde, mas não chega para nos tirar quilos do corpo. Às vezes até acrescenta alguns”

Foi recentemente publicado na revista TIME um artigo versando o tema da utilidade e eficácia do exercício físico para a perda de peso. Presumivelmente devido ao risco de propagação nos leitores de ideias erradas acerca de um tema com implicações para a saúde da população norte-americana, o artigo suscitou reparos e reacções de reprovação por parte de sociedades científicas (por exemplo, o Colégio Americano de Medicina Desportiva, em anexo) e de diversos cientistas (um exemplo em anexo). Foi por isso com algum desalento que vi a mesmo artigo reproduzido agora na vossa revista, e com destaque de capa. Tratando-se de um tema para o qual tantos procuram actualmente uma resposta eficaz e segura – a gestão saudável do seu peso – tomo a liberdade de salientar alguns aspectos do artigo em causa, na minha opinião menos bem esclarecidos.

1. Na capa é indicado que “afinal o exercício não emagrece”. Na realidade, o exercício físico, praticado isoladamente (sem alterações alimentares) não é especialmente eficaz no emagrecimento rápido. Por essa razão, não é actualmente recomendado, de forma isolada, para o tratamento da obesidade por nenhuma organização ou orientação oficial. Ou seja, o pressuposto “para perder peso, vá ao ginásio” que, como se diz no artigo “todos ouvimos há anos”, é desajustado. Infelizmente, é precisamente esse pressuposto que sustenta a surpresa ou novidade (“afinal...”) implícita no título de capa da VISÃO. É importante por isso salientar que as recomendações actuais para perder peso incluem simultaneamente um aumento progressivo da actividade física e alguma restrição alimentar (de preferência não muito rígida), porque esta é a combinação que reconhecidamente oferece melhores resultados, a curto e especialmente a longo prazo, um aspecto muito importante e descurado no artigo. Aliás, uma das inúmeras vantagens do exercício é precisamente ajudar a emagrecer (isto é, perder gordura) e não apenas perder peso, o que pode incluir substancial perda de massa muscular, algo comum em dietas mais agressivas.

2. Afirma-se no artigo que o exercício faz aumentar o apetite, o que seria outra razão para a sua ineficácia. Infelizmente, esta afirmação também não corresponde à verdade científica. Pelo contrário, os indicadores disponíveis na literatura sugerem que, para a maioria das pessoas, o exercício físico regular contribui para normalizar o apetite, não estando associado a um aumento substancial da fome e consequente sobre-ingestão de alimentos muito calóricos, como é sugerido no artigo. Por exemplo, um estudo recentemente concluído na Faculdade de Motricidade Humana (a aguardar publicação na revista Health Psychology) concluiu que no final de um programa de controlo do peso, uma maior prática de actividade física estava associada a um melhor controlo alimentar (e maior perda de peso). O facto de poder verificar-se, em algumas pessoas, uma ingestão superior ao normal após o exercício poderá estar mais relacionado com a ideia “porque fiz exercício, posso comer mais” e menos com mecanismos fisiológicos que o provoquem. Igualmente, não está demonstrado que o exercício leve a menor movimento físico nas restantes horas do dia. Desta forma, afirmar que “mecanismos compensatórios” do exercício são potentes e podem até causar aumento de peso (como se sugere na capa) é errado e induz uma ideia de inutilidade generalizada do exercício que não contribui para a adequada gestão do peso dos leitores. Se algum aumento de peso se verificar com o exercício físico, este será provavelmente causado pelo aumento relativo da massa muscular (um aspecto benéfico) e não pelo aumento da massa gorda corporal.

3. Para além dos problemas referidos quanto aos efeitos do exercício na regulação do apetite e do peso, o texto contraria também o conhecimento científico relativamente a aspectos de natureza psicológica e comportamental associados ao exercício físico. A prática de exercício físico é descrita na pág. 113 como uma actividade “obsessiva” e até “violenta”, que induz um grande desconforto físico (como num “animal de lavoura”) e mental, apenas exercida pelo sentimento de obrigação ou para possibilitar uma alimentação com menos restrições (p.ex., para comer “um bolinho”). Por um lado, esta descrição não corresponde à experiência de milhares de pessoas que mantém um estilo de vida fisicamente activo ao longo de muitos anos, retirando desta prática significado, prazer e sentimentos de competência e bem-estar, para além de inúmeros benefícios para a saúde. Como em qualquer actividade, o desconforto continuado leva tendencialmente ao seu abandono e o exercício não é excepção, tal como acontece aliás com uma dieta monótona e desinteressante. Por outro lado, os investigadores nas ciências do comportamento sabem que quando a motivação para o exercício é baseada sobretudo na obtenção de recompensas externas à própria sessão de exercício (tal como fazer exercício apenas para controlar o peso, ou para poder comer “um bolinho” após a sessão), a probabilidade da motivação se manter no tempo é mais reduzida. Assim, o exercício é muitas vezes menos eficaz do que se espera simplesmente porque nunca chega a ser integrado de forma consistente na rotina da pessoa – a sua prática é irregular ou esporádica e frequentemente descontinuada.

4. É também afirmado que “empurrar as pessoas para o exercício” poderá contribuir para o problema da obesidade, uma afirmação passível de ser compreendida pelo leitor comum como “o exercício contribui para a obesidade”. Isto é completamente contrário à evidência científica, que demonstra claramente que a falta da actividade física é um importante factor de risco para a obesidade. Inúmeros estudos com boas metodologias indicam que pessoas fisicamente activas são, em média, mais magras e apresentam menores taxas de obesidade que pessoas menos activas e mais sedentárias. É também bem aceite no meio científico que após a perda de peso (isto é, em pessoas que perderam peso e procuram mantê-lo reduzido), a prática regular de exercício físico tem um papel coadjuvante muito importante. Perder peso não é aliás o principal desafio no combate à obesidade. Muitas pessoas o conseguem, normalmente recorrendo a dietas agressivas, pouco saudáveis e de efeito limitado no tempo. Manter um peso saudável ao longo da vida é o verdadeiro desafio e, para esse, um nível de actividade física adequado é de extrema utilidade. Se a caminhar, a nadar, a andar de bicicleta, a jogar futebol, a fazer canoagem, a dançar, a andar de patins, ou no ginásio deve ficar ao gosto de cada um... Desde que seja regular e, se possível, com intensidade suficiente para aumentar a temperatura do corpo e fazer o coração bater um pouco mais depressa do que em repouso, todas são úteis.

5. Quanto a “empurrar as pessoas para o ginásio”, é realmente uma estratégia pouco recomendável para incentivar mais pessoas a alterarem o seu comportamento, se for esse o objectivo. Poucas pessoas gostam de serem “empurradas”, pressionadas ou controladas. O princípio do “músculo do auto-controlo” referido no texto, que se “cansa” e deixa por isso de ser eficaz (levando ao abandono), aplicar-se-á sobretudo a iniciativas contrárias à vontade própria de cada pessoa ou a actividades aborrecidas, desagradáveis, ou que causem sofrimento mas nas quais há que persistir. Infelizmente, existirão sempre algumas destas nas nossas vidas. Mas nenhum destes cenários deve ser associado à prática de exercício físico e desporto. Pelo contrário, a evidência científica também demonstra que as actividades em que nos envolvemos com entusiasmo e iniciativa própria, que aumentam a nossa sensação de competência e vitalidade, e que promovem a interacção social positiva tendem a manter-se no tempo indefinidamente. Pode dizer-se que “se regulam a si próprias”, sem grande esforço. A prática de actividade física e desportiva pode e deve ser mais isto e não deve envolver sofrimento inusitado, tédio excessivo, ou desgaste psicológico repetido.

Enquanto o exercício físico for encarado como uma tarefa desagradável (mas necessária), como tantas outras a que nos prestamos ou somos forçados a aceitar, vão continuar a existir relatos como os do autor deste artigo e muitas outras pessoas que se sentem pressionadas a ter de o fazer. Umas conseguirão persistir durante algum tempo até que outra actividade mais interessante ou com maior capacidade de pressão no dia-a-dia a substitua (e estas não faltam nos dias de hoje). Outras pessoas, talvez em número superior, não chegarão sequer a passar da intenção à prática e viverão provavelmente com algum sentimento de culpa por não estarem a fazer o que deviam. Em qualquer dos casos, o resultado será o mesmo. Perder-se-á, a longo prazo, a oportunidade de aproveitar uma actividade que, sendo barata e sem “efeitos secundários”, nos ajuda comprovadamente a sermos mais saudáveis e mais capazes fisicamente, a gostarmos mais do nosso corpo e a dele fazermos melhor uso e proveito (a qualquer peso), a dormirmos e racionarmos melhor, a sentirmos menos o efeito do stresse, a mantermos à distância muitas doenças graves (como a depressão, a diabetes e alguns cancros), potencialmente a vivermos de forma mais plena. E a divertirmo-nos mais também! Mas apenas se assim escolhermos de forma totalmente voluntária, sem pressões excessivas e bem informados. Até porque existem muitas outras actividades que valem a pena...

Cruz Quebrada, 17 de Setembro de 2009

Pedro Teixeira
Investigador e Professor de Nutrição, Obesidade e Exercício
Faculdade de Motricidade Humana – Universidade Técnica de Lisboa

Wednesday, August 5, 2009

Sunday, August 2, 2009

Carta à revista Crescer em Família - Edição especial Nutrição Infantil

Ao ler a edição especial da revista Crescer em Família - Nutrição Infantil, na página 12 - "À descoberta de novos sabores" - "O início das papas", está escrito:
"O leite materno deixa de ser satisfatório, por si só, para o bebé aos quatro meses."

Considero verdadeiramente inacreditável e inaceitável um ERRO desta natureza, numa revista que pretende informar e, informar em contexto actual.

A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno EXCLUSIVO até aos 6 meses de vida do bebé, porque este satisfaz TODAS as suas necessidades até esta idade.

É verdade que a maioria das mãe, retoma a sua actividade profissional aos 4 meses e que, por este motivo, e provavelmente, também por ignorância, é nesta altura que introduzem outros alimentos. No entanto existem soluções para poder continuar a amamentar exclusivamente até aos 6 meses de vida, soluções essas que são pouco publicitadas ou incentivadas. Eu fui mãe há 8 meses e comecei, como tantas outras, a trabalhar a partir do 4º mês da minha bebé e, em tempo útil, organizei me e informei me de como poderia continuar a amamentar em exclusivo até aos 6 meses e obviamente a continuar a dar de mamar, após a introdução de outros alimentos. Foi possível. Consegui. Não conheço mais ninguém que o tenha feito, mas talvez sejam esses os testemunhos a procurar e a divulgar para incentivar outras mães a fazê-lo, não só porque é recomendado pela OMS, mas acima de tudo porque é o melhor para o bebé.

Agradeço que façam corrigir o erro junto do público.

Cláudia Viegas

Tuesday, July 21, 2009

Fruta Cortada ao Meio nos Supermercados e Perda de Vitaminas

A fruta fresca idealmente deve ser consumida pouco tempo depois de ser lavada e cortada para uma maior preservação dos nutrientes. Consideramos uma PRÁTICA DESACONSELHADA CORTAR A FRUTA NO PONTO DE VENDA, como estão cada vez mais à vista nos supermercados. Imaginamos que haja questões práticas e económicas relacionadas (metade duma melancia ou meloa pode dar mais jeito para quem viva sozinho, ou quem não consiga acartar com tanto peso...) mas então que se encontrem alternativas melhores. Entretanto estas são algumas das nossas preocupações:

1º não sabemos o tempo a que esta fruta fica sujeita à exposição do AR antes de ser envolvida em película aderente; o oxigénio degrada as vitaminas da fruta.

2º não sabemos o tempo a que esta fruta fica sujeita também à exposição da LUZ; a luz degrada certas vitaminas.

o acto de cortar a fruta causa PERDAS de VITAMINA C, porque conjuntamente com o OXIGÉNIO, activa fortemente uma enzima que catalisa (impulsiona) a formação duma forma inactiva (inútil) da VITAMINA C.

[A vitamina C (ácido ascórbico) é necessária para a formação do colagénio, norepinefrina e carnitina. É um factor importante no metabolismo do colesterol e um potente antioxidante, e estudos sobre o seu papel na prevenção da saúde cardiovascular, cancro e cataratas continuam a ser efectuados.
Esta vitamina oxida com muita facilidade: a luz, o oxigénio, o calor, entre outras situações. E visto ser uma vitamina hidrossolúvel, perde-se na água da cozedura. ]


Nota: Se comermos fruta com menos/muito menos teor vitamínico estaremos num mau caminho de manutenção da nossa saúde. E visto que o consumo regular de legumes e verduras frescas infelizmente escasseia ainda mais do que o da fruta (segundo a minha intuição de nutricionista, Madalena Muñoz, não tenho aqui dados para esta afirmação), receio que não haja uma compensação nutricional por esta via. Acrescento que os suplementos alimentares não são sistema para compensar carências vitamínicas durante uma vida inteira. "Uma coisa são as vitaminas da coisa, outra coisa é a coisa..."

FORTE SUGESTÃO:

COMPRAR FRUTA INTEIRA e comê-la a poucos minutos de a arranjar.

Sunday, June 28, 2009

Afinal é gordo ou não é gordo?

Sobre o post: "Haverá Omega 3 no Atum ao Natural? (post modificad...":


uma leitora e colega nutricionista (que eu não sei quem é) escreveu-me o seguinte:

"Dr.ª Madalena,
Gostaria apenas de acrescentar que, apesar de se dizer sempre que o atum é um peixe gordo, e eu como nutricionista também o digo, ao analisar a tabela de composição de alimentos do INSA, chego à conclusão que afinal não é tão gordo como um salmão, sarda, cavala e até mesmo de uma dourada!

Os valores de lípidos por 100g são:
Salmão - 21,9g
Sarda - 11,7g
Sardinha - de 9 a 16,4g
Cavala - 13,4g
Dourada 9,8g
Atum 4,9g

Será mesmo o atum um peixe gordo?"

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A MINHA RESPOSTA:

"De facto isto por vezes pode-se tornar um pouco opaco... com a agravante de eu não confiar totalmente na tabela do INSA para a análise de alguns alimentos (já viu a quantidade de peixes com basicamente 0 gordura lá indicados? E a Dourada com tanta gordura? Isso é uma novidade e um alarmar, para mim! E já viu a abóbora com apenas 9 kcal/100g? Terá perto de 3/4x isso.)

Penso que poderiamos dizer que o atum fresco é meio gordo, mas sendo que tradicionalmente o comemos conservado em azeite/óleo, tem sido encarado como um peixe gordo; de facto em azeite e escorrido tem cerca de 8-10g de lípidos/100 g.

Quanto ao salmão, estou habituada a trabalhar com valores de 12g lípidos para 100 g, http://www.nutritiondata.com/facts/finfish-and-shellfish-products/4258/2, por isso está a ver a (disparidade e) ingratidão dos números... e por isso eu evito cálculos muito detalhados no meu dia a dia com os pacientes."

Por isso a resposta é: depende, da confecção e da tabela de valores nutricionais...

Friday, May 22, 2009

Carta ao Continente: Excesso de Gordura, Sal "q.b.", na receita "Lasanha de Bacalhau" e Sugestões de Melhoria



Exmºs Senhores

Em relação à receita em conta "Lasanha de bacalhau", venho referir que, no contexto actual, em que as doenças como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras, estão na ordem do dia, sendo a obesidade considerada uma epidemia, parece me extremamente desadequado, colocar a margarina vaqueiro como um ingrediente base da receita.

Para além disso, uma análise mais cuidada da receita, permite verificar que da margarina vaqueiro, são utilizados apenas 40 g, em comparação com o leite, do qual são usados 7 dl. Parece-me igualmente desadequado considerar o azeite como um ingrediente base, por motivos semelhantes, embora, do ponto de vista qualitativo, o azeite seja uma gordura de qualidade muito superior à margarina.

Considero ainda lamentável, mais uma vez dentro do contexto actual, que não tenha sido contemplada uma salada de alface (e/ou tomate) para acompanhar o prato, uma vez que os legumes são considerados componentes fundamentais numa alimentação equilibrada.

Observo ainda que na receita é referido para o molho branco o uso de sal - q.b.. No entanto a apreciação nutricional refere por dose de lasanha, um teor de sal de 4,9 g (valor que para uma refeição ultrapassa largamente o recomendado). Não entendo como é possível indicar este valor quando o uso de sal está dependente do "q.b.". Talvez estejam apenas a fazer referência ao sal do prato, sem contabilizar o que é adicionado "q.b.", o que não deixa de estar incorrecto/incompleto.

Refiro ainda que considero a iniciativa das "Receitas em conta" muito interessante e louvável, mas penso que o Continente, numa perspectiva de responsabilidade social, podia ter uma acção mais educativa para com o consumidor. Neste sentido, para a receita em causa sugeria as seguintes alterações:

1 - Redução para 20 cl a quantidade de azeite utilizada para o refogado
2 - Substituição de margarina para azeite a gordura utilizada no molho branco (ao nível do sabor esta alteração não é perceptível e melhora consideravelmente o perfil lipídico, com diminuição de gorduras trans e aumento de ácidos gordos monoinsaturados) e redução da quantidade utilizada de 40 para 20 g.
3 - aumento para 200 g de cebola a quantidade utilizada na preparação do recheio
4 - eliminação da farinha para engrossar - eliminação de glícidos refinados desnecessários
5 - inclusão de alface com + 20 g de azeite para temperar e oregãos - aumento da quantidade de fibra (contribuição para a sensação de saciedade), vitaminas e minerais

Considero que estas alterações melhorariam o perfil nutricional da receita, sem aumento significativo de custos (1 alface 400 g - 0,52 €) http://www.continente.pt/).

Continuação de bom trabalho.

Com os melhores cumprimentos,

Claudia Viegas
Dietista

Thursday, May 21, 2009

"Serviço de Saúde" RTP1: A brincar a brincar... mas sem piada alguma




(Email enviado, sem resposta até hoje, à RTP)


No programa da Maria Elisa desta semana (RTP 1), sobre doenças coronárias, às tantas o director clínico do Hospital da Luz, o Dr. Roquette, falava sobre o sal dos alimentos e especificamente do pão:

"oiça, se vamos por aí [diminuir o sal do pão] qualquer dia... enfim, a vida fica uma chatice! A vida tem de ter alguns atractivos, alguns riscos!" [pois já tinha que se retirar o fumo, etc., etc.], ao que a apresentadora solta uma gargalhada (resposta improvável?), e pergunta novamente sobre o sal no pão/alimentos (não fosse o Dr. Roquette estar a brincar e mudar de opinião?) e pergunta se ele não comia pão... Ele continua na sua linha de pensamento [claramente minimizando o tema] e depois diz "eu não como pão, não gosto de pão [também não fuma], eu como torradas." (!!!)

E assim estamos em termos de nutrição: um médico "poderoso" (sem ironia) a falar basicamente do que desconhece (o impacto da alimentação na saúde), sem haver um nutricionista ou dietista no programa que elucide! (Ou isso ou estamos muito mal, pois minimizar o sal dos alimentos desta maneira penso só pode ser por ignorância, e não por "interesse".)

O pão é de facto um elemento chave na nossa alimentação DIÁRIA e sabe-se que tem elevados níveis de sódio, por vezes chegando a ser intragável (falo por mim), já para não falar das sopas, etc. etc. Fico triste de ouvir pessoas influentes na área da saúde a terem esta postura descontraída e brincalhona para com a alimentação... É revelador do quão pouco acreditam na nutrição e da sua falta de conhecimentos em nutrição. (Nota: não ouvi o programa todo mas esta parte apanhei; apanhei também a afirmar que uma alimentação saudável é "muito mais cara" [que a fast food]; de resto a Maria Elisa teve dificuldade em obter deste médico uma mensagem útil/pedagógica para os telespectadores, sobre alimentação, chegando a dizer que a postura dele era conforme os seus gostos...)

Também penso ser uma falha recorrente da parte da produção colocarem médicos a falar de nutrição quando os nutricionistas e dietistas são quem tem "autoridade" (leia-se, conhecimento) para o fazer com rigor (salvo raras excepções onde outros profissionais de saúde estudaram e sabem de nutrição, de facto.)

Como mensagem de prevenção primária penso que andámos para trás com esta intervenção.
http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=24440&e_id=&c_id=1&dif=tv

Deixo a minha opinião.

Melhores cumprimentos,

Madalena Muñoz
Nutricionista
http://www.madalenamunoz.com/

Wednesday, May 20, 2009

MISSÃO DO BLOG "2ª OPINIÃO EM NUTRIÇÃO"

There is nothing more potent than thought. Deed follows word and word follows thought. And where the thought is mighty and pure, the result is mighty and pure.
--Gandhi

Irei neste blog tentar o meu melhor no exercício de esclarecer, responder e opinar sobre matérias de nutrição e alimentação. Tentarei reflectir um pensamento sustentado, contrariando a superficialidade e ligeireza com que as matérias são tratadas por vezes. Tentarei trazer ao lume assuntos relevantes que são esquecidos ou ignorados por muitos. À parte da franca "opinião" farei o meu melhor para ser objectiva e positiva. Conto com o vasto conhecimento técnico, experiência e bom senso da muito amiga e colega Cláudia Viegas, para me dar uma 2ª opinião...

Madalena Muñoz

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Esclarecer, esclarecer, esclarecer... lutar por esclarecer aqueles que tentam saber um pouco mais sobre a arte de bem comer, bem nutrir e bem cuidar do nosso corpo...
... porque as mensagens que são transmitidas na TV, nos jornais, nas revistas, de boca em boca, entre outros, são tantas vezes erradas, mitológicas, sensacionalistas, fundamentalistas... e porque isto de comer é uma arte, onde a ciência e as respostas não são a preto e branco, mas dispersas numa vasta gama de cores, onde os conceitos devem ser bem entendidos para não se perderem em mal entendidos e erradas percepções, pretendo acima de tudo ESCLARECER, fazer COMPREENDER e INFORMAR, com experiência e BOM SENSO, contando com a preciosa ajuda e sabedoria da minha AMIGA e colega Madalena Muñoz...

Cláudia Viegas